terça-feira, março 27, 2007

Duo Assad - Latin American Music for two Guitars


Aproveitando o ensejo, já que o dilermando foi o último a nos brindar com sua aparição, eis que lhes deixo aqui mais um álbum do virtuoso e primoroso Duo dos irmãos Assad. Neste álbum, intitulado "Latin American music for two guitars", o famígero duo interpreta Piazzolla, Hermeto Paschoal, Alberto Ginastera, Radamés Gnatalli, Léo Brower, além de composições do próprio Sérgio. A presença de tão bons compositores torna-se ainda mais fausta nas mãos desses agudos e exímios violonistas. Em verdade, a música brasileira e latino-americana, de uma forma geral, ganha vida e outras cores com os violões desse magnífico duo.
Pelo mundo afora, são reconhecidos como preexcelentes músicos. Foram ganhadores de diversos concursos mundo afora, como o "Rostrom of Young Interpreters" na Bratislava, Czechoslovakia. Esse prêmio os tornou conhecidos em toda a Europa. Assim, deram concertos em diversos países no velho continente. Em 1973, venceram o concurso da Orquestra Sinfônica Brasileira, que, em tais idos, promovia concursos para jovens solistas. Enfim, Sérgio e Odair representam a união perfeita entre virtuosismo e sensibilidade, habilidade técnica arrasadora e musicalidade.
Sem maiores delongas, hehe, deixo aqui o disclist e os links.
Duo Assad - Latin American Music for two Guitars:
01 - Deciso -Tango Suite - Astor Piazzolla
02 - Andante - Tango Suite - Astor Piazzolla
03 - Allegro - Tango Suite - Astor Piazzolla
04 - Tranqiulo - Micro Piezas - Leo Brouwer
05 - Allegro Vivace - Micro Piezas - Leo Brouwer
06 - Vivacissimo muy ritmico - Micro Piezas - Leo Brouwer
07 - Sonoro - Micro Piezas - Leo Brouwer
08 - Bebe - Hermeto Pascoal
09 - Anacleto de Medeiros - Retratos - Darames Gnattali
10 - Chiquinha Gonzaga - Retratos - Darames Gnattali
11 - Recife Dos Corais - Sergio Assad
12 - Vlaseana - Sergio Assad
13 - Vioria Regia - Sergio Assad
14 - Pinote - Sergio Assad
15 - Idilio Crepuscular - Alberto Ginastera
DUO ASSAD - LATIN AMERICAN MUSIC - Parte I & Parte II.

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quarta-feira, março 21, 2007

Dilermando Reis - O violão brasileiro


Esse é, sem dúvida, o violonista que ajudou a dar uma nova roupagem ao violão brasileiro. Apresentando timbres novos, ousados, geniais, Dilermando Reis corroborou para que o violão provindo de nossa terra (bem como seus primorosos violonistas) fossem devidamente reconhecidos e admirados no cenário global.
Em uma outra postagem, dediquei algumas linhas para falar um pouco sobre esse grande violonista. Mas, eis que em algumas outras, sintetizo um pouco da magnificente carreira de Dilermando Reis:
Tal nobre e preexcelente violonista começou, desde cedo, nos caminhos da música, seguindo a inspiração vinda de Levino da Conceição. Fez parte do elenco da Rádio Nacional, brindou os ouvintes com algumas apresentações na CBS, foi integrande da orquestra de 12 violões que atuou no Cassino da Urca e na Rádio Clube do Brasil e teve alunos célebres como Bola Sete, Darci Vilaverde e até mesmo o presidente Juscelino Kubitschek. Enfim, um dos nossos maiores violonistas.
Como bem diz minha querida e amada esposa: “Quem não se emociona ouvindo Abismo de Rosas pelas mãos de tal mestre?”. É senhorita Lae, creio que ninguém. Neste álbum, os caros leitores não encontrarão a famigerada Abismo de Rosas.
Em verdade, esse disco (que é original de 1975) conserva algumas músicas próprias de Dilermando e é um de seus mais famigerados álbuns, por mostrar, justamente, a precipuidade das sublimes composições desse excelente violonista.

Eis as músicas do álbum, bem como os links:
1. Terno Olhar
2. Deixa Comigo
3. Eterna Mágoa
4. Miudinho
5. Viola Triste
6. Quando Vocó Dançava
7. Chegadinho
8. Balada da Saudade
9. Cavaquinho Encabulado
10. Valsa em Mi
11. Gente Boa
12. Iracema

Os links: DILERMANDO REIS - O VIOLÃO BRASILEIRO.
PARTE I & PARTE II

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sexta-feira, março 16, 2007

David Russell - 19th Century Music


Pois bem. Primeiramente, quero pedir perdão à todos os bons, eminentes e absolutamente estimados freqüentadores de nosso virtual espaço. Não estou atualizando o blog com a freqüência que deveria e gostaria. Tal se deve à alguns problemas extra-virtuais, à uma vida excessivamente atribulada e à completa falta de tempo. Queiram, por favor, indultar-me.

Pois sim. Eis que vos trago, agora, o preexcelente e virtuoso David Russell. Esse escocês é, sem sombra de dúvida, um completo artista. Afinal, tem presença em palco, conseguindo cativar a platéia com sua acurada e segura técnica; conserva um repertório excelente e é, acima de tudo, um estupendo violonista. O cálido Russell é, talvez, um dos mais bem preparados violonistas do globo. Natural de Glasgow, Russell mudou-se ainda infante para Menorca, na Espanha. Pelas terras castelhanas, o bom violonista estudou com José Tomás (se não me falha a memória, o nome era esse mesmo, haha) que foi assistente – e, por suposto, aluno – do grande Segóvia. Pois então que, conservando tais professores, morando justamente na Espanha, Russell não poderia virar cantor de country, não é?! Aí, então, ele mudou-se para Londres, a fim de completar os seus “guitarrísticos” estudos na famigerada Royal Academy of Music. Com um alicerce teórico desses, Russell somente poderia ter vencido a imensa quantidade de concursos de que participou.

Em fins da saudosa década de 80, o mirífico violonista lançou um CD de compositores esquecidos do séc.XIX. Segundo o meu querido e emérito amigo Zanon, tal álbum “marcou época”. Se o fez, realmente, eu não sei. Apenas digo que não discordarei de tão sagaz violonista, hehe, e tampouco direi que o álbum de Russell não fosse merecedor de tantas honras. Talvez outras mais. Pois, caros leitores e estimadíssimos amigos, ouvirão o disco e verão que tanto minha reles opinião como a agudíssima perspicácia de Zanon são dignas de tal álbum.

Esse álbum mostra um Russell já mui amadurecido musicalmente: a sonoridade é claríssima, com um timbre seguro e comedido. O toque da mão direita parece ser tal qual o de uma pluma: não se ouvem o atrito das unhas com as cordas, mas sente-se a vitalidade e o vigor do toque. Enfim. O grau de técnica neste álbum (e, senão em todos, na grande maioria dos álbuns desse violonista) é absolutamente excelso. Tal não se via há já tempos, do lançamento desse disco. Desde Bream ou, para ficar por “Terras Papagallis”, desde o Duo Abreu.
Eis o disclist do álbum:
Dionisio Aguado (1784-1849)
1. Andante & rondo

Napoléon Coste (1805-1883)
2. Introduction & polonaise

Johan Kaspar Mertz (1806-1856)
3. ElégieJosé Broca (1805-1882)
4. Fantasia
Johan Kaspar Mertz (1806-1856)
5. Fantaisie hongroise

Gimenez Manjon (1866-1919)
6. Leyenda
7. Aire Vasco

Giulio Regondi (1822-1872)
8. Rêverie
DAVID RUSSELL: 19th CENTURY MUSIC - PARTE I & PARTE II.

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sexta-feira, março 09, 2007

Abel Carlevaro - 4 Cadernos


É com muito júbilo e álecre sorriso que venho até meus nobilíssimos e estimados amigos, disponibilizar-lhes os famigerados 4 cadernos de Abel Carlevaro. Pois é. Após muitas e incontáveis dificuldades, conseguimos achar pela net tais cadernos e agora, com a ajuda de alguns amigos, trago-os até vós. Contudo, não posso antes deixar de citar aqui os nomes de tão insignes e agudos seres, que preocupam-se tanto quanto esse que vos fala em ajudar a difundir a escola erudita do violão: o eminente Jorge Olmar, o grande e agudo “Chiquinho” e a absolutamente deífica Laeticia Maris.

Pois bem. Abel Carlevaro tem, para o violão erudito, uma importância desmesurada. Afinal, foi ele que, observando as técnicas do grande mestre Segóvia, desenvolveu toda uma metodologia de ensino e um tão apurado e arguto senso didático que, atualmente, a imensa maioria dos violonistas ao redor do globo segue. Em verdade, a técnica de Carlevaro, bem como suas assertivas sobre a parte mecânica do instrumento e sobre postura e toda a parte fisiológica do instrumentista, são de tal sagacidade que, arrisco-me a dizer, todo bom violonista que queira e almeje desenvolver-se no instrumento, deve estudá-lo.

Esses cadernos são, em verdade, um complemento prático à toda a teoria exposta no interessantíssimo e indispensável livro: “Escuela de la Guitarra - Exposición de la Teoria Instrumental”. Levo-me a crer que, mais importante e imprescindível do que tais cadernos é esse livro. Afinal, toda a teoria, toda a, por assim dizer, “escola carlevariana” está lá condensada.

Disse mais acima que Carlevaro, na qualidade de aluno do grande Segóvia, aspergiu algo da técnica desse magnífico violonista e, assim, desenvolveu sua “escola”. Para não correr o risco de ser reducionista, tampouco levar puxões de orelhas de professores que porventura possam estar a ler isto, digo o seguinte: Segóvia, como todos sabemos, não foi um professor no sentido lato, afinal, era ele um autodidata. Toda a sua técnica proveio de uma aguda intuição aliada à percepção inteligente da sonoridade do violão juntamente com um trabalho muito disciplinado e objetivo. Durante a guerra civil que acometeu a Espanha no início do século passado, Segóvia veio a refugiar-se no Uruguai, terra do bom Carlevaro. Aí, Abel (perdoem-me a intimidade, hehe) que não era bobo nem nada, foi ter com Segóvia, a fim de apreender alguns de seus infinitos bons apanágios. Carlevaro observou cada movimento de ambas as mãos, do “bom velho”, bem como sua postura. Reformulou, então, e realizou experiências em si mesmo até encontrar seu ponto de equilíbrio entre movimentação e música. Assim é que nasce a “escola Carlevariana”.

Cada gesto tem um significado musical dentro de um relaxamento controlado, o que proporciona uma economia de energia com um maior resultado e, truisticamente, um menor esforço. O ato de tocar é tal qual um balé: a arquitetura de todos os movimentos pré-elaborados, formando um plano perfeito que é absorvido pela memória muscular. Carlevaro nos legou sua preexcelente técnica e ao usá-la percorremos um caminho menor para um determinado resultado. Tal qual Tárrega, ele nos legou seu método e composições que fazem, obrigatoriamente, parte da pedagogia atual para o violão. A grande e desmedida contribuição de Carlevaro para a escola violonística, mais especificamente em sua técnica, foi incutir a idéia nos alunos, professores e violonistas que o trabalho de técnica deve deixar de ser um trabalho de repetição para ser um de reflexão.

Enfim. Quero crer que já me estendi demasiadamente. Procurem o bom livro: “Escuela de la Guitarra - Exposición de la Teoria Instrumental”. Vale ainda mais à pena do que tais cadernos.

E atentem para o fato de que não se deve estudar sozinho tais cadernos, pois, senão, não surtirão efeito algum. Afinal, eles não foram elaborados para que se faça um simples trabalho de repetição, mas sim, para que, juntamente com o seu professor, possas chegar no âmago de suas dificuldades técnicas, podendo entendê-las e superá-las. Por isso a imprescindibilidade de um mestre: somente ele poderá ver em que aspectos têm mais dificuldades e lhe indicar os melhores caminhos.

Dêem uma olhada aqui, para um breve arrazoado sobre Carlevaro.

Eis os cadernos:
CADERNOS 1, 2 & 3 ; CADERNO 4.
Também deixo aqui os bons "Prelúdios Americanos" de Carlevaro. A qualidade das pautas não é das melhores, mas creio que os nobilíssimos amigos conseguirão compreende-las e executá-las, sem maiores problemas. Ei-los aqui: PRELÚDIOS AMERICANOS.

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quinta-feira, março 08, 2007

Kazuhito Yamashita - Bach Complete Sonatas and Partitas



Creio que os orientais, de uma maneira geral, são de tal forma tão disciplinados que é essa a conseqüência de estudos com tanto afinco e competência: Kazuhito Yamashita. Pois então, duvidam da palavra desse que vos escreve? Hehe. Duvidem, é a melhor coisa que fazem. Nunca aceitem um argumento sem contestá-lo! Por mais truísta que ele seja.

A verdade é que Yamashita ou Yamaholyfuckthatfast, como vi uma vez em uma revista inglesa, especializada em violão, é um dos maiores violonistas que vivem no globo. E não maior pela razão que avulta nele a extrema velocidade aliada à precisão (o que falta, diga-se, em “violonistas” ocidentais). Mas sim, o que distingue e sobressai Yamashita é a sua profunda musicalidade, sua técnica exacerbada e o seu traquejo com o instrumento. Afinal, não conheço outro violonista que execute as quatro estações de Vivaldi ao violão. Bom, em verdade, devem existir tais músicos. Contudo, nenhum deles foi quem transcreveu tais peças do violino.

Pois bem. A amálgama de um mirífico violonista como esse com um grande compositor é sempre bem vinda, não?! Imagine, então, caro leitor, quando em tal junção estão Yamashita, com sua apurada técnica, e Bach, que também foi um exímio compositor, instrumentista e onde mais couber tal adjetivo.

Nesse álbum, Yamashita executa todas as obras que estão entre as BWV’s 1001 e 1006, incluindo as duas, por suposto. Então, agrademos os nossos ouvidos e aumentemos nossa erudição pessoal, com tão preexcelente instrumentista.
Eis o disclist:

Kazuhito Yamashita J. S. Bach Complete Sonatas and Partitas for Solo Violin

Disco I

1 Sonata no. 1 in G minor, BWV 1001 - Adagio
2. Fuga
3. Siciliano
4. Presto

5. Partita no. 1 in B minor, BWV 1002 - Allemande
6. Double
7.Corrente
8. Double: Presto
9. Sarabande
10.Double
11. Tempo di Bouree
12. Double

13. Sonata no. 2 in A minor, BWV 1003 - Grave
14. Fuga
15. Andante
16. Allegro


Disco II

01. BWV 1004 Allemande
02. Courante
03. Sarabande
04. Gigue
05. Chaconne

06. BWV 1005 Adagio
07. Fuga
08. Largo
09. Allegro assai

10. BWV 1006 Preludio
11. Loure
12. Gavotte en Rondeau
13. Menuet I&II
14. Bourree
15. Gigue
Os links:
DISCO I - Parte 1 & Parte 2
DISCO II - Parte 1 & Parte 2

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