quinta-feira, maio 31, 2007

Paulo Belinati - The Guitar Works of Garoto - Mp3 + Books

Caríssimos e diletos amigos. Hoje verão a excelente união de um estupendo e mais do que primoroso violonista com um grande e emérito compositor. Deixarei para vocês um álbum que une tudo aquilo que um violonista precisa conservar com todas as melhores e maiores virtudes que possa haver para um bom compositor.

Os dois denotam a melhor expressão de nossa música: são espontâneos, coesos, extremamente criativos, harmônicos, enfim, são nomes que, sem sombra de dúvida, a música brasileira – e mais especificamente o violão de nossas terras – orgulha-se em conservar. Estou a falar de Paulo Belinati e Aníbal Augusto Garoto Sardinha, ou, mais comumente conhecido como Garoto.

Ambos foram (Belinati ainda o é) grandes violonistas. Garoto influenciou toda uma geração de violonistas contemporâneos a ele e compôs obras magníficas, que são executadas por vários violonistas ao redor do globo. É impressionante a história desse sublime músico. Não irei me estender muito, e prefiro que os nobres amigos leiam algumas outras linhas, que não as fúfias por mim escritas. Desse modo, deixo aqui um link para que possam ler algo mais sobre a história do magnífico Garoto. Eis o link: BIOGRAFIA GAROTO.

Já quanto a Paulo Belinati, desse falarei um pouco. Trata-se de um dos maiores e mais bem conceituados violonistas de que se pode ter notícia. Duvidam ou discordam de minhas palavras? Oras! Pois que então qual de você já teve uma composição gravada por alguém tão proeminente quanto John Williams? Sim, meus caros. “Jongo” é nome da composição. 1988 é o ano em que ela apareceu e 1996 foi o ano em que Williams a gravou. Pilhérias à parte, indubitavelmente, hão de concordar com minha humilde opinião quando ouvirem o álbum. Belinati, assim como Garoto, era paulista. Nasceu nos idos da década dourada, no ano de 1950. Dezessete anos mais tarde, já estava a estudar no famigerado e mui bem conceituado Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Por aí, já veríamos que tal violonista longe iria. Mas era apenas o começo.

Destacou-se tanto em tal conservatório, que ganhou uma bolsa para estudar em Genebra (sim, na Suíça) e por lá permaneceu até se tornar professor do Conservatório de Lausanne, lá mesmo, pelos Alpes. É interessante notar que, mesmo sendo um violonista assim, tão bem alicerçado no campo teórico e tendo uma sólida formação; e ainda conservando uma criatividade extraordinária, Belinati encantou-se, acima de tudo, pela área de pesquisa. E a sua atuação como pesquisador, vejam só, destaca-se justamente com esse trabalho que agora vos trago. Gravado há já muitos anos esse “Guitar Works of Garoto” foi lançado apenas no exterior, e vinha acompanhado de dois books.

Calma, calma. Eu sei que é muito, mas: também irei disponibilizar os books. Juntamente com o álbum, claro. Bom meus caros. Creio que tenha eu estendido-me em demasia. Apenas queria que atentassem para o fato de que Belinati é um magnífico e primoroso violonista, dotado de habilidades técnicas impressionantes, de uma criatividade invejável e de um carisma inigualável.
Poderão ver tudo isso, e ainda mais, no álbum aqui postado. Espero que gostem.

Eis o disclist:

1. Duas Contas
2. Inspiracao
3. Lamentos Do Morro
4. Um Rosto De Mulher
5. Sinal Dos Tempos
6. Debussyana
7. A Caminho Dos Estados Unidos
8. Mazurka No.3
9. Carioquinha
10. Voltarei
11. Desvairada
12. Improviso
13. Tristezas De Um Violao (Choro Triste No.1)
14. Meditacao
15. Naqueles Velhos Tempos
16. Gracioso
17. Vivo Sonhando
18. Enigma
19. Esperanca
20. Nosso Choro
21. Choro Triste No.2
22. Doce Lembranca
23. Jorge Do Fusa
24. Gente Humilde

PAULO BELINATI - THE GUITAR WORKS OF GAROTO -

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segunda-feira, maio 28, 2007

Duo Assad - Saga dos Migrantes


Atendendo a algumas solicitações sobre trabalhos de violonistas locais, eis que deixo aqui para os nobilíssimos e mais do que queridos amigos, um álbum do preexcelente e primoroso Duo dos insignes e extraordinários irmãos Assad.

Quero crer que já postei um outro álbum desse ótimo duo em nosso blog. Certamente, daquele gostaram muito. E não poderia ser diferente. Afinal, Sérgio e Odair Assad são considerados, hoje, um dos maiores e melhores duos em atividade. E eu concordo com tal opinião. E como não o fazer? O toque deles é tão suave, preciso e revelador de uma maturidade técnica e interpretativa que fica difícil não gostar desse precioso duo.

Pois bem. Esse álbum é muito interessante. Primeiro, pela grande atuação do Duo, por suposto. Os irmãos revelam-se absolutamente harmonizados, sincrônicos e com uma comunicação perfeita. Outro fato que nos chama a atenção é que esse álbum, gravado em 1996 na Holanda, é composto por um repertório variado e rico. Avultam grandes nomes, como: Villa Lobos, Ginastera e Piazolla.

O fato é que não há, em meu léxico, tantas boas palavras para alcunhar tal impressionante e belo Duo. Em verdade, creio que todos se sintam assim ao escutá-los. Imagino, pois, aquele que têm a invejável oportunidade de vê-los ao vivo.

Bom. Espero que esse álbum agrade àquelas sedentas almas que amam a verdadeira e genuína música brasileira. Indubitavelmente, irão gostar. Ao menos, assim espero. Apenas peço perdão aos diletos e virtuais amigos pelos posts esparsos e esporádicos. Irei atualizar o nosso estimado blog com maior freqüência.

Um fraternal abraço a todos.

Eis o disclist e os links:
1. Preludio From Bachianas Brasileiras N 4 (villa-lobos Heitor)
2. Suite Troileana : Whisky (piazzolla Astor)
3. Suite Troileana : Bandonéon (piazzolla Astor)
4. Suite Troileana : Zita (piazzolla Astor)
5. Sonata N 1, Op 22 : Allegro Marcato (ginastera Alberto)
6. Sonata N 1, Op 22 : Presto Misterioso (ginastera Alberto)
7. Sonata N 1, Op 22 : Adagio Molto Appassionato (ginastera Alberto)
8. Sonata N 1, Op 22 : Ruvido Ed Ostinato (ginastera Alberto)
9. Escolaso From Suite Troileana (piazzolla Astor)
10. Saga Dos Migrantes : Retirantes (assad Sergio)
11. Saga Dos Migrantes : Trem Da Ilusao (assad Sergio)
12. Saga Dos Migrantes : Metropole (assad Sergio)
13. Saga Dos Migrantes : Saudades (assad Sergio)
14. Saga Dos Migrantes : Danca Antagonica (assad Sergio)
DUO ASSAD - SAGA DOS MIGRANTES - PARTE I & PARTE II.

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quarta-feira, maio 23, 2007

Mauro Giuliani - Obra completa


Mauro Giuliani é, sem sombra alguma de dúvida, um dos mais importantes compositores para violão e, arrisco-me a dizer, um dos preexcelentes que avultam na música de um modo geral. Suas composições são caras àqueles que almejam conservar uma completa desenvoltura de ambas as mãos, além de contribuir para o crescimento da percepção harmônica por parte do violonista.

O insigne Mauro Giuliani viu a luz pela primeira vez em terras italianas, mais precisamente na bela cidade de Bolonha, no ano de 1781. Alguns anos depois, começou a estudar o interessante instrumento que é o Cello (aliás, dizem que ele jamais deixou de estudar tal instrumento) e, posteriormente, passou a estudar também o violino. Mas como sempre acontece quando ainda não encontramos o “nosso” instrumento; ficamos insatisfeitos, ansiosos por querer mais e procurar algo que nos agrade. E, assim, em pouco tempo, Giuliani uniu aos dois instrumentos que já estudava ainda outro: a guitarra espanhola ou o violão.

Em pouquíssimo tempo de estudo – haja vista o nobre músico já dominava outros dois conservando, portanto, uma sólida formação musical – tornou-se um exímio guitarrista. Pelos idos de 1806, mudou-se para Viena, já com uma certa aclamação. Nessa cidade é que fica célebre de vez. Em 1813 fez parte (muito provavelmente como violoncelista) de uma orquestra para a primeira execução da sétima sinfonia de Beethoven.

“Em Viena, Mauro Giuliani não teve um sucesso tão grande como compositor. Trabalhou a maior parte do tempo com o editor Artaria, que editou a grande parte das suas obras para guitarra, mas teve relações de negócios com todos os outros editores locais, que espalharam as suas composições por toda a Europa. Construiu aqui uma reputação como pedagogo. Entre os seus numerosos alunos encontra-se Bobrowicz e Horetzky”.

Em 1819, com muitos problemas financeiros, Giuliani deixa Viena e passa por muitas cidades até estabelecer-se em Roma. Sua carreira musical em tal metrópole não foi das melhores: deu poucos concertos e pouco ou quase nada compôs. De 1823 em diante, Giuliani passa a freqüentemente visitar o seu pai, que não andava com a saúde muito boa. Entre os teóricos desse maravilhoso violonista, é comum a expressão “período napolitano” denotando esse período da vida de Giuliani. Foi um período muito fausto na carreira musical dele: apresentações costumeiras (inclusive com a igualmente competente violonista Emília Giuliani, sua filha), várias composições, enfim, uma vida de músico prolífico.

Em 1829, Giuliani deixa esse plano e uma obra de 150 trabalhos. É interessante notar que, desde o séc XIX, a influência desse nobre violonista é crescente. Variados e primorosos músicos executaram concertos seus ou obras de grande expressividade como a belíssima Sonata Heróica (Op 150). Ademais, Giuliani conserva em suas preexcelentes composições um vasto trabalho didático que, até hoje, é utilizado em larga escala por muitos professores ao redor do globo. Para citar um desses grandes trabalhos pedagógicos desse nobre mestre, fiquemos com a Op 48.

Enfim. Espero que os nobres amigos gostem dessa coleção. Colhi-a no sítio: http://maurogiuliani.free.fr/en Se algum dos caros convivas quiser, pode baixar os arquivos lá, diretamente. O que fiz foi criar pastas separadas para cada um, tornando o trabalho de pesquisa menos árduo e mais prazeroso.

Então, eis aqui a obra completa desse que foi e continua sendo um dos maiores expoentes da guitarra clássica:

OBRA COMPLETA MAURO GIULIANI: PARTE I, PARTE II, PARTE III & PARTE IV.

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segunda-feira, maio 21, 2007

John Williams - The Guitarist


Imagino que não estejam cansados ainda de John Williams. Afinal, há como se cansar de tão magnífico e primoroso vilonista? Creio que não. O fato é que retorno, mais uma vez, com um álbum desse excelso instrumentista.

Pois bem. Esse álbum é um tanto quanto interessante. E o é por várias razões. A primeira delas reside na escolha feita por Williams no repertório desse álbum: vemos Carlo Domeniconi ao lado de Erik Satie, Anon junto com Mikis Theodorakis, enfim, é um repertório bem diversificado, denotador de um sagaz conhecimento de vários períodos musicais bem como de uma acurada e madura técnica (o que, conforme já sabemos, não é nada de tão especial assim, em se tratando de Williams).

Contudo, ao meu ver, em cada álbum, em cada peça, Williams consegue se renovar, se superar. A bela e bastante conhecida peça de Domeniconi intitulada “Koynunbaba” é executada, aqui, com uma maestria e primorosidade que impressionam até mesmo os ouvidos já acostumados com a preexcelência de Williams. O interessante é que os álbuns de Williams, geralmente, trazem um repertório, digamos, mais conhecido do grande público que o aprecia. Nesse álbum, entretanto, existem peças que mereceriam estar em outros álbuns, de outros violonistas. Ou seja: são peças belas, que conservam uma verve lírica, sublime e que poderiam figurar mais nos instrumentos de outros miríficos violonistas. E nisso, com esse intuito de promover tais peças, Williams acerta em cheio. Certamente, é muito bom e absolutamente interessante executar peças como “Astúrias”, “Recuerdos de La Alhambra” ou o “prelúdio da BWV 1007”. Mas creio que seja ainda mais atrativo difundir outras peças, a fim de que o público ouvinte, os novos violonistas e todos os apreciadores da arte das seis cordas tenham um contato maior com o desmesurado e apoteótico universo violonístico.

Enfim. É difícil falar de Williams sem uma certa tendenciosidade, hehe. Espero que me perdoem. Mas hão de concordar com esse que vos escreve, ao ouvirem tal álbum. Irão apreciar, por suposto.

Então, sem mais delongas, eis que deixo aqui o disclist e os links:

Mikis Theodorakis: Three Epitafios:Epitafio No. 3 [03.32]Epitafio No. 4 [01.49]Epitafio No. 5 [01.54]
Carlo Domeniconi: Koyunbaba:Part 1 [04.06]Part 2 [01.28]Part 3 [04.04]Part 4 [04.29]
Erik Satie: Gymnop餩e No. 3 Arr. Williams * [02.27]
Anon: Lamento di Tristan Arr. Williams [02.56]
Anon: Ductia Arr. Williams [01.52]
Anon: Saltarello Arr. Williams [01.57]
John C. Williams: Aeolian Suite *:Aeolian Chant [04.19]Double Dance [02.08]Ballad [02.57]Toccata [03.23]
Phillip Houghton: St鬩:St鬩 [03.48]Dervish [02.00]Bronze Apollo [04.13]Web [02.11]
Erik Satie: Gnossienne No. 1 Arr. Williams [03.49]
Erik Satie: Gnossienne No. 2 Arr. Williams [02.57]

JOHN WILLIAMS - THE GUITARIST - PARTE I & PARTE II.

Perdoem-me a falta de cuidado. Não vi que o arquivo estava com a 6ª faixa "corrompida" (pois é. No quadro político atual, utilizar tal palavra pode ser perigoso, hehe. Por isso as aspas). Enfim. Eis o terceiro movimento da Koyunbaba de Domeniconi: FAIXA 06.

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quarta-feira, maio 16, 2007

Marco Pereira - Camerístico


Queridíssimos e mais do que estimados amigos virtuais. Tenho, mais uma vez, a honra de vos escrever algumas fúfias linhas. Contudo, antes de mais, gostaria de pedir-lhes perdão pela minha incúria: andei sumido por alguns dias devido à azáfama – se assim posso alcunhar tal fato – de meu computador. Por tal razão, fiquei “incomunicável” com o universo tencicista por algumas semanas, o que me privou de vir aqui lhes deixar alguns bons álbuns. Mas, já dizia o filósofo: “antes tarde do que nunca!”.

Enfim. Eis que hoje vos trago um dos maiores e mais conceituados violonistas brasileiros: Marco Pereira. Certamente, já devem ter ouvido falar (e muito bem) desse egrégio músico. Ele é dono de um toque rigorosamente preciso, de uma acurada técnica e de uma inconfundível musicalidade. Levo-me a crer que, para um ex-aluno de Isaías Sávio, menos não se poderia esperar. Pois é. O grande Marco Pereira foi aluno de Sávio. Com um professor desses, Pereira poderia apenas evoluir em escalas exponenciais. Foi o que ocorreu: após graduar-se em violão pelas nossas Terras Brasilis, o grande violonista ganhou uma bolsa de estudos e fez o seu mestrado na Université Musicale Internationale, a qual, pelo nome, os diletos amigos já devem desconfiar que fica na França. Pois certos estão. Mais precisamente, em Paris. Em tal universidade, Pereira ganhou o título de Mestre com uma preexcelente dissertação sobre o grande Villa Lobos. Tal dissertação rendeu até um excelente livro sobre a obra para violão desse eminente compositor. Infaustamente, agora a memória me trai e não recordo o nome da obra. Enfim, nada que uma procura na Internet não resolva, não?!

O primoroso violonista, quando ainda na França estava, teve um contato muito grande com outras vertentes musicais. Acabou por enamorar-se pelo Jazz e, quando voltou ao Brasil, participou de inúmeros eventos que privilegiaram esse maravilhoso gênero musical. Aliás, quando voltou a nossa boa nação, Pereira, encetou bons cursos na famigerada e notável UnB (Universidade de Brasília). Ademais, quando mudou-se para “a cidade maravilhosa” teve participações em álbuns de outras figuras importantes do cenário musical. Para citar algumas: Wagner Tiso, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Milton Nascimento, Roberto Carlos, entre outros.

Marco Pereira lançou muitos álbuns. Todos eles, incontestavelmente, mui bons. Esse que agora trago hoje para vocês foi lançado no corrente ano, pelo selo carioca Biscoito Fino. Trata-se de um álbum em que Pereira nos brinda com a sua presença e a de uma afinada orquestra. A maioria das composições são do próprio violonista e revelam uma maturidade musical, além de denotarem um profundo e incomensurável conhecimento das capacidades do violão. As outras faixas indiciam o arraigado e profundo conhecimento que Pereira tem da música brasileira. Mas eu deixarei que os ouvidos dos estimados amigos fruam tais músicas, e me conterei nos comentários.

Eis o disclist:

1. Círculo dos Amantes - Marco Pereira (p/ violão e orquestra)
2. Violão Vadio - Baden Powell (sobre os temas: Violão Vadio, Canto de Ossanha, Consolação e Berimbau - p/ violão e orquestra)
3. Lis - Marco Pereira (p/ violão, flauta e violoncelo)
4. Suíte das Águas - Dorival Caymmi (sobre os temas: A lenda do Abaeté, A jangada voltou só e É doce morrer no mar - p/ violão e orquestra)
5. Roda das Baianas - Marco Pereira (p/ quinteto de câmara: flauta, clarinete, vibrafone, violão e violoncelo)
6. Luz das Cordas - Marco Pereira (p/ violão, bandolim e orquestra de cordas)
7. Dança dos Quatro Ventos - Marco Pereira (p/ quarteto de violões)

MARCO PEREIRA - CAMERÍSTICO.

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quarta-feira, maio 09, 2007

Sharon Isbin - Road to the Sun


Pois eis que no mês daquela que é a mulher mais especial da vida de qualquer ser vivente, venho com outra preexcelente violonista. Sim, meus caríssimos leitores, o intento é justamente esse: prestar uma homenagem às mamães de todas as idades, culturas e trejeitos e prover aos queridíssimos amigos mais um maravilhoso álbum.

Pois bem. Sharon Isbin é o nome dela. Trata-se de uma guitarrista nascida na popular América do Norte, mais especificamente nos Estados Unidos da América. Desde pequena, a vultuosa Isbin mostrou-se talentosa para a arte das seis cordas, tendo estudado com professores do porte de Andrés Segóvia e Oscar Ghilia. A verdade é que, com tais professores tornar-nos-íamos, sem exceção, magníficos violonistas. Bom. O fato é que, se isso não ocorresse com todos, ao menos com uma aconteceu: Isbin é, atualmente, uma das musicistas mais bem preparadas e alicerçadas teoricamente. Digo isso, pois a senhora Isbin é Mestra em Música pela famigerada e célebre Universidade de Yale. Enquanto em muitos países (como o nosso, por exemplo) muitos músicos optam por não ter formação musical, Isbin é Mestra em música. Não que isso signifique, precipuamente, que um violonista conservará uma qualidade inigualável. Mas, convenhamos: falem em voz alta: Mestra em música. Pois é.

Ademais, Isbin, em suas interpretações, é de tal forma potente, subjetiva, lírica, que temos de ouvir várias vezes uma peça para crermos em toda a sua acurada técnica. É o que os nobres amigos vislumbrarão, ou melhor, ouvirão na segunda faixa do presente álbum. É algo fantástico! A peça, pelos dedos dessa violonista, soa suave, íntima, sutilmente vigorosa. Enfim, é algo extraordinário. Escutem e saberão do que estou a falar.

Bom. O fato é que estão diante de uma das mais premiadas violonistas que possa haver. Desde os dezessete anos, Isbin ganha e acumula premiações. E não poderia ser diferente: o aguçado senso musical dessa violonista, ao qual se junta a sua profunda e absolutamente desenvolvida técnica, fazem com que as suas apresentações e gravações sejam de tal forma perfeitas que muitos, à primeira audição de seus álbuns, proferem um altissonante e multívoco: “Uau!”.

Bem. Quero crer que irão gostar deveras desse álbum. Eis que os deixo, pois, com a o disclist dele.
1. Zapateado
2. Invocation And Dance
3. La Catedral: I. Andante religioso
4. La Catedral: II. Allegro solemne
5. Lament
6. Road To The Sun
7. Capricho Arabe
8. El Decameron Negro: I. The Harp Of The Warrior
9. El Decameron Negro: II. Fleeing Of The Lovers Through The Valley Of The Echoes
10. El Decameron Negro: III. Balada de la Doncella Enamorada
11. Sentimental Melody
12. Etude No. 8
13. Mallorca
14. Asturias
SHARON ISBIN - ROAD TO THE SUN - PARTE I & PARTE II.

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